Projeto Ponto de Cultura


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O que é?

Por volta de 2002/3 o Ministério da Cultura – sob a responsabilidade da Secretaria de Programas e Projetos Culturais (SPPC) – implementa uma “rede orgânica de criação e gestão cultural” denominado “Programa Cultura Viva”. Esta rede congrega um conjunto de ações, uma das quais é de primeira prioridade. Esta ação de primeira prioridade é o Ponto de Cultura que surge como uma espécie de subprograma, pois é ela que articula todas as outras ações da “rede orgânica de criação e gestão cultural”, tais como “Agentes de Cultura Viva”, “Cultura Digital”, “Escola Viva”, “Griôs”. A relevância social do Ponto de Cultura consiste, segundo o Ministério da Cultura, no fato de ser referência de uma “rede horizontal de articulação, recepção e disseminação de iniciativas e vontades

criadoras”. Uma referência sem “gradação hierárquica”, que lhe proporciona ser uma alavanca para um novo processo social e cultural, pois, o Ponto de Cultura é mediador da relação entre Estado e Sociedade. E, dentro da “rede orgânica de criação e gestão cultural” o Ponto de Cultura agrega Agentes Culturais que articulam e impulsionam um conjunto de ações em suas comunidades e destas entre si. O Ponto de Cultura surge com objetivo de: articular a produção cultural local promovendo o intercâmbio entre linguagens artísticas e expressões simbólicas, além de gerar renda e difundir a cultura digital; apoiar o desenvolvimento de uma rede horizontal de articulação, recepção e disseminação de iniciativas e vontades criadoras. E, tem como Público: estudantes da rede pública de ensino; adolescentes, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social; populações de baixa renda, habitando áreas com precária oferta de serviços públicos e de cultura, tanto nos grandes centros urbanos, como nos pequenos municípios; habitantes de regiões e municípios com grande relevância para a preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental; habitantes de comunidades indígenas, quilombolas e rurais; sindicatos de trabalhadores; portadores de deficiência; gays, lésbicas, transgêneros e bissexuais (GLTB) (vide: www.cultura.gov.br ou www.minc.gov.br).

Assim, manifestas as necessidades culturais ou poli-culturais e em virtude de fomentar e estabelecer relações entre o Estado e a Sociedade – genericamente em Mato Grosso e especificamente no município de Barra do Bugres – por meio da Universidade (que representa o Estado), firmou-se o convênio nº 005/2006, em 25/09/06, entre a Prefeitura Municipal de Barra do Bugres e a Universidade do Estado de Mato Grosso, válido para um período de 25/08/2006 a 24/08/2008, renovável para um período igual. A Prefeitura foi auxiliada/financiada pelo Ministério da Cultura para adquirir alguns equipamentos básicos (iniciais) e coube a Universidade do Estado de Mato Grosso executar/materializar os objetivos pretendidos.

Transição Histórica: de Ponto de Cultura para Projeto Ponto de Cultura. Para a Universidade materializar aqueles objetivos iniciais e atender o publico alvo (senão no todo pelo menos em parte), iniciou-se um longo diálogo com a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, estudando estratégias de execução. Tendo em vista a estrutura e o sistema universitário, chegou-se a conclusão de que, em virtude de sua dimensão, era necessário transformar o Ponto de Cultura em Projeto Ponto de Cultura de modos que possa manter sua função primordial de articuladora de ações poli-cultuais. Mas, para implementar esta transição, era fundamental que fosse institucionalizado internamente na Universidade. Assim, foi incluída na pauta do Conselho Universitário de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONEPE), durante o encontro ocorrido entre 20 a 21 de dezembro de 2006 em Cáceres, discutido e submetido à votação, foi aprovado com unanimidade pelos Conselheiros, aos 21/12/06, como Projeto Ponto de Cultura (PPC/Unemat - Prefeitura de Barra do Bugres), vinculado à Coordenadoria do Campus Universitário Renê Barbour de Barra do Bugres e à Pró-Reitoria de Extensão e Cultua, para dinamizar as relações entre a Universidade e a Sociedade, por meio de ações extensionistas: projetos, cursos, oficinas, seminários, palestras, excursões, entre outras atividades sócio-educacionais e poli-culturais.

Entretanto, sem com isso desvirtuar-se das diretrizes que sustentam a “rede orgânica de criação e gestão cultural” de potencializar as energias sociais e culturais, dando vazão à dinâmica própria das comunidades, estimulando a exploração, o uso e a apropriação dos códigos e linguagens artísticas e espaços públicos e privados que possam ser disponibilizados para a ação cultural e; de valorizar a experiência local e as ações já desenvolvidas pelas comunidades, ampliar o repertório cultural das mesmas e incentivar o fazer e a criatividade local (www.cultura.gov.br ou www.minc.gov.br.
Trata-se de uma atitude epistemológica que aproxima a comunidade acadêmica à sociedade a cuja margem se estabelece e ergue, para nesse caso, promover a compreensão da educação como cultura, da cultura como fator de educação e que a ciência e a tecnologia são formas de expressão da cultura humana, não são elementos alienígenas à sociedade. Assim, ao estabelecer tal relação (Universidade-Sociedade) estará a Unemat, por intermédio do Projeto Ponto de Cultura – a exercitar a relevância sócio-

cultural da Universidade como entidade pública, divulgando o conhecimento científico, contextualizando-o e valorizando a produção e o conhecimento dito popular; para isso, a promoção de estudos deverá estar subjacente a todas as atividades, pois, é necessário antes conhecer para depois divulgar com coerência.


Telefone/Fax: (65) 3361-1413 | programapontodecultura@gmail.com

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