Regime de capitalização é a forma em que se verifica o
crescimento do capital, este pode ser pelo regime de capitalização simples ou
composta.
No regime de capitalização simples os juros são calculados
utilizando como base o capital inicial (VP), já no regime de capitalização
composta as taxas de juros são aplicadas sobre o capital acumulado dos juros.
Exemplos:
a) Empréstimo de R$ 10.000,00 por seis meses, a taxa de 3% a.m.
O regime de capitalização simples mostra que o capital
aumenta de forma linear.
Em nosso país este regime de capitalização não é muito
utilizado por instituições financeiras, pois com o regime de capitalização
composta se obtém lucros maiores em empréstimos.
Fórmulas
J=VP*i*n (juro = Valor Presente * taxa * período)
Como montante é igual à Capital +
juros, temos:
VF=VP* (1+i*n)
b) Certos Bancos cobram 3,0% ao mês (juro simples) para
pagamentos em atraso de duplicatas. Calcular o montante de liquidação das
duplicatas abaixo.
Valor Duplicata Vencimento Pagamento Montante
R$ 2.345,00 01/03/2009 30/05/2009 ?
R$ 3.456,00 02/04/2009 30/05/2009 ?
R$ 6.543,00 05/05/2009 30/05/2009 ?
Lembre-se de formatar as células nos formatos devidos,
vencimento e pagamento no formato data, e as demais como moeda.
Para juro exato temos que utilizar o número de dias do
calendário, entretanto o mercado utiliza o número de dias do mês sendo 30 e o
ano com 360 dias, portanto ao calcular juros onde datas são mencionadas devemos
fazer o ajuste conforme o exemplo abaixo.
=DIAS360(data inicial; data final), resulta em 90 dias.
No entanto se subtrairmos as duas datas, = data final - data
inicial, o resultado será 92 dias, nesse caso os meses que tem 31 dias serão contados.
No caso da capitalização composta, o cálculo é efetuado
através do método exponencial, ou seja, juros são computados sobre os juros
anteriormente calculados.
Equações:
VF = VP* (1+i)^n Valor Futuro
VP = VF/(1+i)^n Valor Presente
I = (VF/VP)^(1/n) – 1 Taxa
n = LOG10(VF/VP)/LOG10(1+i) Período
A planilha possui várias funções prontas para calcular todos
esses valores, mas é importante que saibamos manipular as fórmulas, pois muitas
vezes é mais fácil construir uma fórmula que gravar a aplicação de cada função,
vou deixar para cada um fazer a sua escolha. Mais tarde veremos como cada
função pode ser usada.
c) Tomo um empréstimo de R$10.000,00 por 12 meses, a uma
taxa de 5% a.m. Qual seria o montante a ser
desembolsado para o pagamento do empréstimo?
Nesse caso vamos construir o resultado através da equação do
valor futuro
Um item relevante da planilha é o assistente de funções onde
se encontra formulações matemática, trigonométricas, estatísticas, financeiras
entre outras. Para acessar esta função basta acionar o menu
Inserir
e selecionar a opção Função (fx).
Poderíamos ter resolvido a atividade acima utilizando essa
ferramenta.
Para utilizar o assistente de função basta seguir os passos
abaixo:
1. Depois de explicitar os dados do problema, selecione a
célula onde vamos calcular o valor futuro clique em Inserir / Função ou “Ctrl F2”, ou ainda clicar no ícone na barra de fórmulas, a caixa de fórmulas ira
se abril, em Categoria, escolha Financeiras, procure por VF (valor futuro) clique
em Próximo, uma nova caixa ira se abrir como na figura abaixo:
No local da Taxa, clique na célula que corresponde a taxa na planilha, NPER é o prazo PGTO são pagamentos,
nesse caso deixe em branco e em VP clique no valor presente e depois em OK.
Teremos o resultado abaixo:
Negativo devido ao fluxo de caixa, pois o VP é positivo.
Poderíamos ter colocado os valores na fórmula ao invés de
vinculá-lo a uma célula na caixa de fórmula, mas nesse caso o resultado não
seria interativo.
Depois de fazer a fórmula, qualquer um dos dados iniciais
poderá ser alterado, alterando também o valo futuro.
Da mesma maneira acima poderemos calcular o valor presente
(VP) o prazo (NPER) e a taxa, usando as equações ou as fórmulas da planilha.
Outro exemplo, onde foi calculado o Valor Presente, com os
dados abaixo.
Para calcular o período no caso acima subtrair a data final
da data inicial, para transformar em meses dividir o resultado em dias por 30.
Transformamos o prazo em meses devido à taxa estar em mês. O período sempre
deve estar de acordo com o período da taxa.
Tirando os erros cometidos diretamente nos cálculos tais
como inserção incorreta da taxa proporcionada em relação ao tempo do
investimento, sinais incorretos, etc., ainda há aquela situação onde parece que
suas contas simplesmente não resultam no valor esperado.
Na área financeira, você deixe os arredondamentos para o
final.
Em muitos casos, você verá valores nas células que quando somados
resultam em algo diferente do esperado. Por exemplo:
Se você somar a coluna “A” manualmente, você deveria obter o
valor contido na célula B4. Tanto a célula A4 quanto a célula B4 contém a
função SOMA que é utilizada para somar os intervalos A1:A3
e B1:B3 respectivamente. Então, por que o primeiro caso retorna um centavo a
mais que o segundo?
Quando os cálculos são efetuados em uma planilha ela utiliza
a maior precisão contida na célula. Ao passo que o intervalo A1:A3
utiliza a precisão completa dos valores digitados o intervalo B1:B3 utiliza um
precisão até a segunda casa decimal:
Os valores contido no intervalo B1:B3
são arredondados utilizando a função ARRED() para corrigir os decimais.
Mas a pergunta é: devo arredondar logo no início ou no final
do cálculo? A sugestão é, em cálculos financeiros, você deve fazer os
arredondamentos somente no final. Portanto qualquer valor intermediário deve
ser considerado com a precisão máxima. A figura abaixo mostra onde deve ser
arredondado:
O arredondamento dos cálculos intermediários resulta em precisão
inferior dos seus cálculos. Você observará isso com freqüência quando estiver
calculando percentuais. Como os valores são mostrados na base centesimal, se o
arredondamento ocorrer durante os passos intermediários a
diferença final no percentual pode ser relativamente grande em relação ao
percentual inicial.
Portanto, é importante que qualquer cálculo financeiro leve
em consideração todas as casas decimais possíveis nos cálculos intermediários.
O arredondamento deve ocorrer apenas no cálculo final.
Do ponto de vista de um indivíduo qualquer, talvez tal discrepância não faça a menor diferença. Contudo, se você trabalha na área financeira e efetua milhares de cálculos como este, comece a somar cada centavo perdido e você rapidamente chega à conclusão que a melhor opção é realmente efetuar o cálculo com o máximo de precisão possível nos cálculos intermediários e somente no final fazer o ajuste necessário em termos de arredondamento.