PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM CÁLCULO FINANCEIRO

 

Todo é qualquer cálculo financeiro possui componentes que são comuns a todos. Por exemplo, o componente tempo está presente em qualquer cálculo financeiro. Você já ouviu a expressão “tempo é dinheiro”? Pois bem, tempo é dinheiro porque ele pode ser utilizado para ganhar dinheiro.

 

Se você gasta uma hora para executar um serviço, você recebe por esse tempo gasto. Se você empresta R$10,00 por um ano você espera receber este valor de volta mais uma taxa de juros, pois em um ano R$10,00 valem menos do que ele vale hoje.

 

Outro componente é a taxa de juros. A taxa de juros é a remuneração recebida pelo indivíduo ou instituição que empresta uma quantia qualquer a terceiros.

 

Observe que no exemplo do tempo há outro componente implícito: o capital. Os R$10,00 referem-se ao valor principal do investimento/empréstimo. Ele pode vir como um valor presente para se calcular o valor futuro ou vir como um valor futuro para se calcular o valor presente.

 

Os principais componentes de um cálculo financeiro são:

 

• Capital (VP ou VF)

O capital refere-se a soma de dinheiro sobre a qual a taxa e tempo incidirão. Um principal de R$10,00 pode gerar uma gama infinita de VFs, pois, podemos utilizar uma combinação infinita de taxa e tempo.

 

• Taxa (nominal ou efetiva)

A taxa é a remuneração recebida sobre o capital. Ao depositar dinheiro em sua conta corrente, poupança, etc., você está adiando o seu consumo para um futuro qualquer. Durante este período, o seu banco paga uma remuneração para utilizar o seu dinheiro. Como o banco corre um risco toda vez que um empréstimo é feito, o banco também recebe uma remuneração por tal risco.

 

• Tempo

Além do valor intrínseco do dinheiro, ainda temos o valor de tempo. Quanto mais longe for o horizonte do recebimento de uma quantia, menor será seu valor. Embora seja uma boa idéia poupar para sua aposentadoria é uma péssima idéia colocar esta poupança embaixo do colchão.

 

Ampliando os conceitos:

 

TAXA: refere-se à taxa de juros aplicada sobre o investimento/empréstimo. A taxa pode ser nominal ou efetiva; porém, é necessário atentar para o tipo de taxa cotada em relação ao número de períodos. (NPER)

 

Se a taxa cotada é anual nominal e NPER é para pagamento mensal, então, a taxa deve ser proporcionada por 12 meses. A taxa pode ser proporcionada para qualquer período desde que ela seja refletida no NPER.

 

NPER refere-se ao período e também ao número total de parcelas que estão sendo efetuadas em uma série de pagamentos.

 

PGTO (pagamento) refere-se ao valor de cada parcela no investimento/empréstimo, o valor deve ser constante. PGTO ocorre a cada período de NPER. Se NPER é igual a 12, então serão 12 pagamentos de igual valor (PGTO).

 

VP refere-se ao valor presente do investimento/empréstimo.

 

VF refere-se ao valor futuro de um valor presente (VP) ou fluxos de caixa PGTO ou uma combinação dos dois.

 

Fórmulas

As fórmulas abaixo são relações entre as variáveis mostradas acima, onde:

n = prazo de aplicação

J = juro

i = Taxa

Fórmula 1:        VF = VP + J               Obtém-se o Montante ($)

Fórmula 2:        J = VP*i*n                  Obtém-se os Juros de um período($)

Fórmula 3:        VF = VP*(1 + i)^n      Obtém-se o Montante de um período “n”($)

Fórmula 4:        i = (VF / VP) - 1         Obtém-se taxa de juros no período

Fórmula 5         i = J / VP                    Obtém-se a taxa de um período

 

O resultado das fórmulas 4 e 5 serão decimal para transformá-las em percentual basta multiplicá-las por 100.

 

Exemplo 1:

Tomo um empréstimo de R$10.000,00 (VP) sendo a taxa de juros de 1,5% a.m. ( i ). Quanto será o montante (VF) desta operação no final de seis meses (n)?

 

Primeiramente devo ter em mente a fórmula correta, que no caso é a fórmula 3, onde é expresso que VF = VP*(1+ i)^n, ou seja, VF é o montante, VP é o valor do empréstimo, i é taxa de juros mensal e n é o período em meses.

 

 

Note que a célula B1 corresponde ao valor presente (VF), a célula B2 corresponde à taxa de juros ( i ), a célula B3 corresponde ao período (n), portanto a célula B4 deve ser formulada como: =B1*(1+B2)^B3

 

ATINGIR META

 

Atingir meta faz parte do conjunto de comandos algumas vezes chamado de ferramentas de análise hipotética (análise hipotética: um processo de alteração dos valores em células para saber como essas alterações afetam o resultado de fórmulas na planilha. Por exemplo, variar a taxa de juros usada em uma tabela de amortização para determinar o valor dos pagamentos.). Quando você conhece o resultado desejado de uma fórmula única, mas não conhece o valor de entrada que a fórmula precisa para determinar o resultado, você pode usar o recurso de atingir meta. Para acessar esse comando clique em Atingir meta no menu Ferramentas. Uma caixa de texto ira abrir como na figura abaixo, em Célula de fórmula clique na célula que vai ser alterada; em Valor desejado coloque o novo valor que deseja e em Célula variável clique na célula que deve variar para chegar ao valor desejado. (Quando a meta é atingida, a planilha varia o valor em uma célula que você especifica até que a fórmula dependente dessa célula retorne o resultado desejado.)

 

Por exemplo, use Atingir meta para alterar a taxa de juros na célula B2 de forma incremental até que o valor do pagamento em B4 seja igual a R$12.000,00 do Exemplo anterior.